domingo, 28 de setembro de 2014

Se Deus convive com o Mal


Disse Félix:
_ Quando considero o erro, a vilania, a imundície do mundo e a pouca devoção, caridade e amor que as gentes têm a Deus, parece-me que Deus não está no mundo, porque quando o Sol está no ar, ilumina o ar e a terra, aquecendo o ar, a água e a terra. Portanto, se o Deus da glória, que é caridade e resplendor, pureza de toda pureza, caridade e fonte de vida, está no mundo, como pode o mundo estar nesse estado tão conturbado?

Disse o Eremita:
_ Em uma alta montanha estava um homem que sentia muito frio por causa da neve que havia naquele monte. Aquele homem viu o fogo em outro monte e se surpreendeu porque o fogo que via não o aquecia e a neve onde estava o esfriava, e teve uma louca maneira de se assombrar.


(Ramon Lull, Félix o El Libre de meravelles, 1288)

Uma questão comumente colocada aos cristãos é: ‘Se Deus é bom, talvez ele não seja poderoso o suficiente para para lidar com o mal e a injustiça no mundo, que todos podemos ver. Se Ele é poderoso o suficiente para parar toda ação errada, então Ele deve ser um Deus mal que não faz nada a respeito. Seria Ele um deus não tão poderoso ou um deus mal? E se for ambos, porque o chamamos de Deus?’ A Bíblia mostra que essa questão é antiga:

Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me prenderam de modo que não posso olhar para cima. São mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça; assim desfalece o meu coração. (Salmos 40.12).

Por que dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói, e já não admite cura? Serias tu para mim como coisa mentirosa e como águas inconstantes?’ (Jeremias 15.18)

Os antigos sofreram com o mal como sofremos hoje e não deixaram de se perguntar: ‘Porque Deus permite o mal?’. Mais criticamente, é comum que ateus usem a lógica de um Deus bom e onipotente que não acaba com o Mal como uma prova da inexistência de Deus. No entanto, essa lógica traz embutida a premissa (não necessariamente verdadeira) de que um deus onipotente e bom terminaria com a existência do Mal, ou garantiria uma eternidade de prazeres a todos os homens.

O livro de Gênesis diz que Deus desejou criar o mundo e os homens, mas não os fez da forma como são hoje. Ele os fez bons e perfeitos, e permaneceram nesse estado por muito tempo até que tudo mudou, e dessa forma o homem tem um papel como iniciador do mal que lhe aflige. Mas a Bíblia também diz que esse estado de imperfeição é passageiro, e que o mundo retornará à sua perfeição:

E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. (Apocalipse 21.4-5)

Uma vez que o homem deve passar por esse estágio intermediário entre a perfeição inicial e a perfeição final, devemos saber que não foi esse o plano de Deus e portanto não julgá-lo pela nossa convivência com o Mal.

Sem pretender responder a essa questão milenar mas apenas pensando em fomentar um pouco de pensamento crítico sobre a religião, abaixo seguem algumas teorias. Foram tomadas as principais correntes de pensamento que se desenvolveram sobre os motivos pelos quais Deus permite o sofrimento dos homens (o que chamamos de 'o Mal'), mesmo sendo um Deus poderoso e bom. De qualquer forma, podemos saber que Deus não é injusto ao fazer o homem passar por esse período de tribulação porque Ele mesmo esteve sobre essa terra e provou o sofrimento humano, na pessoa de Jesus.

1. Não sabemos ou não saberemos o propósito disso até que nos seja revelado (talvez no outro mundo).

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. (1ª Coríntios 13.9-12)

No livro de Jó, por exemplo, encontramos uma situação em que um homem e todos os seus próximos são afligidos por mortes, pestilências, ataques, etc (o que chamamos de males) gerados por Satanás e com o consentimento de Deus. Os homens aos redor de Jó, assim como o próprio Jó, se questionam sobre as causas daquilo, procurando inutilmente nas ações humanas uma resposta. Em última instância, a causa dos males que se abatiam sobre Jó era sua fidelidade a Deus! Se havia algum propósito nos acontecimentos, era de que Deus ensinasse algo a Satanás, porém nenhum dos dois era visto pelos homens que discutem sobre a natureza e o porquê daquele mal em particular.

Como sugere o livro de Jó, talvez o Mal seja apenas reflexo de um embate entre seres espirituais cujas razões e propósitos não nos são compreensíveis. Essa não é uma situação animadora, mas o fato de não gostarmos dela não indica que seja falsa. Podemos aceitar os males, sofrer, consolarmos uns aos outros ou nos questionar mutuamente, mas a origem e o propósito disso talvez estejam definitivamente fora do nosso alcance. A não resposta satisfatória a uma pergunta milenar talvez sugira algo assim.

2. Livre-arbítrio

Conforme defendido Santo Agostinho de Hippona (séc 4) pelo filósofo atual Alvin Carl Platinga, o livre-arbítrio pressupõe que os homens sejam livres para fazer o que desejam, mesmo que isso os afaste do plano divino. Dessa forma, o Mal resulta da vontade humana de se afastar da perfeição de Deus. Ao exercer o seu livre-arbítrio e desejar fazer o contrário do que Deus disse, Adão escolheu o Mal. E ao separar-se de Deus, o homem também permitiu que o Mal entrasse no mundo, de forma que a Natureza tornou-se inimiga de si mesma e da humanidade. Em diversas religiões, a ação maléfica da Natureza é atribuída à presença de demônios no mundo.

Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram; pois antes de ser dada a lei, o pecado já estava no mundo. Mas o pecado não é levado em conta quando não existe lei
. (Romanos 5.12-13)

Curiosamente, o texto bíblico como um todo parece ora afirmar o livre arbítrio (por ex. Saul foi punido por executar a tarefa do profeta Samuel, que era oferecer sacrifícios), ora colocar-se contra ele (afinal Jó sofreu sem ofender a Deus e Paulo afirma a tendência natural do homem para fazer o mal). Logicamente falando, se os homens tendem ao mal e não sabem discernir seus próprios caminhos, o livre arbítrio não parece mais vantajoso que o acaso e seria estranho supor que Deus se importasse tanto com isso.

Além disso, o Mal em si geralmente restringe a liberdade de escolha das pessoas. Por exemplo, ao matar uma criança, um assassino a impede de exercer muitas ações no futuro. Não faz, assim, sentido em permitir (pelo argumento do livre-arbítrio) um Mal que sufoca o livre-arbítrio das pessoas. Ainda, Deus poderia fazer o mundo funcionar de formas que as decisões ‘boas’ fossem imensamente prazerosas e as ‘ruins’ fossem imediatamente punidas, de forma que o livre-arbítrio se convertesse em um treinamento efetivo. As demoras em punição e recompensa fazem o efeito disciplinadpr dessa estratégia parecer muito duvidoso.

3. Deus é indiferente ao Mal e não faz nada para nos proteger ou para nos prejudicar.

Essa teoria já foi defendida por Epicuro no séc. 3 a.C. (se bem que associada a um sistema politeísta vigente na Grécia) e atualmente é defendida pelo filósofo Paul Draper. É uma posição confortável à filosofia, uma vez que ela não exige grandes explicações e é muito mais simples do que a teoria concorrente, de que Deus está presente na vida humana e não é indiferente ao Mal (na verdade essa é a razão de todo o questionamento). No entanto, essa teoria encontra forte oposição no conteúdo bíblico, a começar da expulsão do Homem no Gênesis.

O argumento de Paul Draper reside justamente no número fabulosamente alto de almas que Deus deveria julgar e acomodar desde o ‘início’ do que chamaríamos de espécie humana: 50 bilhões de crianças, 50 bilhões de adultos e 300 bilhões de fetos. O comentário de Jesus sobre isso é bem sucinto:

Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. Vocês conhecem o caminho para onde vou. (João 14.1-4)

Santo Agostinho de Hippona descrevia o Mal simplesmente como a ausência de Deus, assim como a escuridão é a ausência de luz e a doença é a ausência de saúde. Não possuindo existência o Mal, Deus não poderia ser culpado por sua ocorrência. Isso no entanto não resolve o problema, apenas mudando-o para ‘porque Deus se abstém de ajudar todas as pessoas?’.

4. Deus faz uso do Mal para disciplinar as pessoas e ensiná-las. O sofrimento das pessoas faz parte da força motriz para que se aproximem Dele e O sigam.

Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem. (Provérbios 3.11-12)

Quem recusa a disciplina faz pouco caso de si mesmo, mas quem ouve a repreensão obtém entendimento. (Provérbios 15.32)

Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. (2ª Coríntios 12.9)

C.S. Lewis argumentou, certa vez, que os homem sabem da existência do Mal pelo afastamento daquilo que é bom, e portanto o Mal nos presenteia sempre com o conhecimento do que é Deus. A grande complexidade dessa resposta está no fato de que as pessoas têm concepções distintas do que é o Mal, e dessa forma do que é Deus. A dificuldade está justamente em conciliar as diversas noções ‘naturais’ de Deus com um ser único e independente. Paulo, de forma semelhante, argumenta que os que crêem não experimentam o sofrimento como aqueles que não crêem:

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. (1ª Tessalonicenses 4.13)

Existe sempre a possibilidade de que Deus se aproveite do Mal para nos sussurrar conforto e garantir assim que nos lembremos Dele, e assim Ele permitiria a existência do Mal porque prefere o nosso caráter aperfeiçoado ao nosso conforto. Na Bíblia, diversas vezes aparece a imagem de Deus associado ao crisol, instrumento usado pelos ourives para purificar o ouro através do fogo:

O crisol é para a prata e o forno é para o ouro, mas o Senhor prova o coração. (Provérbios 17.3)

E voltarei contra ti a minha mão, e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza. (Isaías 1.25)

"Vejam, eu enviarei o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá", diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem ficará de pé quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão do lavandeiro. Ele se sentará como um refinador e purificador de prata; purificará os levitas e os refinará como ouro e prata. Assim trarão ao Senhor ofertas com justiça. Então as ofertas de Judá e de Jerusalém serão agradáveis ao Senhor, como nos dias passados, como nos tempos antigos. (Malaquias 3.1-4)

O filósofo Richard Swinburne argumenta, quanto a isso, de que não faz sentido haver bens melhores que serão conseguidos através dos males terrenos se esses bens não forem conhecidos. Entretanto, os bens do Reino de Deus são declarados abertamente: na verdade, Jesus os coloca como o tesouro mais precioso pelo qual alguém daria tudo o que possui (e que de fato custará esse tanto):

Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a. (Mateus 13.44-46)

Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos. (Lucas 12.37-38)

Outra argumentação, desta vez do filósofo John Hick, coloca que as qualidades desenvolvidas pelas pessoas que sofrem são úteis justamente para resistir ao Mal. Dessa forma, na ausência do Mal elas se tornam desnecessárias e o Mal acaba justificando a si mesmo e por si mesmo. Porém, Hick desconsidera o papel do ensino de uma pessoa para outra. Por exemplo, os Salmos são orações escritas em grande parte por Davi enquanto sofria perseguição pelo exército de Saul. Ainda que as provações de Davi não sejam o que o tornou um homem exemplar perante Deus e os homens, os ensinamentos deixados por ele 3000 anos atrás ainda hoje são muito influentes sobre a vida das pessoas. Em outras palavras, o sofrimento de uns poderia certamente criar sabedoria que melhorasse a vida de outros.

5. Deus usa pequenos males para evitar a ocorrência de grandes males.

Naturalmente, há uma possibilidade de isso nos conduzir de volta ao Mal como forma de ensino. Mas isso deixa em aberto a questão de porque Ele usa o sofrimento para prevenir sofrimento.O filósofo Stephen Maitzen acrescenta que o fato de os bens do Reino de Deus serem maiores que os males terrenos diminui a importância dos males, mas não os justifica.

E o que dizer de grandes tragédias como aviões caindo, tsunamis e terremotos? Essas ocorrências não parecem pequenos males para as populações que as vivenciam. A única e sempre efetiva forma de parar todo sofrimento é a morte, que obviamente não é sempre usada.

No séc. 2, Santo Irineu de Lyon defendeu que os males sobre a humanidade geralmente trazem prejuízo ao Espírito Humano e, além disso, seria esperado que tais males recaíssem principalmente sobre as pessoas mais afastadas de Deus. No entanto, tais pessoas gozam de toda proteção que a riqueza pode lhes proporcionar, enquanto os mais afetados por catástrofes e males de causa incontrolável são justamente os pobres e mais religiosos.

Jesus garante que os males sobrevêm sobre todos, justos e injustos.

E, naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: ‘Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.’ (Lucas 13.1-5)

Ele mesmo cita dois grandes males (o assassinato de muitos por ordem de Pilatos e a queda da torre de Siloé), afirmando que não vieram sobre os piores homens. O que diferencia os homens é o arrependimento em face do Mal, que dessa forma se torna um meio de os homens se livrarem de um mal maior, que é a morte do espírito.

As pessoas que acreditam em karma entendem que não há sofrimento no mundo que não seja merecido por um sofrimento causado a outro numa vida passada (a qual nunca é possível avaliar). Entretanto, o real problema do Mal está no sofrimento causado a pessoas inocentes. Os Cristão podem crer num mal que ocorra como prevenção a algo pior, mas o nosso conceito de ‘mal’ é realmente algo limitado à história de vida pessoal e/ou ao momento presente e, assim, não temos como realmente distinguir um ‘mal causado para bem maior’ de um ‘mal injustificado’, vide os diálogos dos amigos de Jó. Dessa forma, o argumento que que um mal maior pode ‘disciplinar’ ou ‘prevenir’ um mal maior fica difícil de aceitar, dada a incapacidade humana. A menos, é claro, que lembremos da fé nas escrituras…

Além disso, o fato de ‘pequenos males’ serem em prol de um bem maior suporta que os Cristãos se filiem ao mal presente e o ajudem, em prol do que Deus planejaria. Infelizmente, não são poucas as pessoas a tomar esse ponto de vista.

6. Deus faz uso do Mal para atingir seus objetivos, que são maiores do que os nossos.

Por exemplo, a redenção dos homens requeria que Jesus fosse morto por homens maus. Assim, Deus permitiu que tais homens existissem a fim de que os homens fossem redimidos.

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. (João 15.13)

Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos. (Isaías 55.8-9)

Em bem mais de uma ocasião na Bíblia as pessoas são afligidas por males que não sabem de onde vêm (como por exemplo os habitantes do mundo durante o Dilúvio, ou os egípcios durante as pragas narradas no Êxodo), às quais o Senhor declara abertamente ser Ele a causa, em razão de algum motivo determinado por Ele mesmo.

Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro; além de mim não há Deus. Eu o fortalecerei, ainda que você não tenha me admitido, de forma que do nascente ao poente saibam todos que não há ninguém além de mim. Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro. Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas. (Isaías 45.5-7)

Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos. (Provérbios 16.9)

Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor. Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho? (Provérbios 20.24)

Dessa forma, o bem e o mal pelos quais cada homem passa são, de certa forma, previstos e conduzidos pelo Senhor. Isso está bem de acordo com um Deus onipotente e onisciente, mas fica difícil de sustentar frente a um sistema de punições de ações cometidas. Porque alguém seria culpado de decisões que lhe foram imputadas por poderes superiores? Essa visão do Mal como um mero instrumento de Deus também é compartilhada pelos Testemunhas de Jeová e pelo Islã.

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Josh McDowell Ministry, Why does a good God allow evil to exist?

Norman Geisler, If God Exists, Why Is There Evil?, Billy Graham Evangelistic Association, May 8, 2007

Slick M, If God is all powerful and loving, why is there suffering in the world?, Christian apologetics & research ministry

Wikipedia, Problem of Evil

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