segunda-feira, 8 de abril de 2013

O orgulho separa e Deus une novamente - a guerra dos tronos entre os judeus

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No ano 735 a.C., a Assíria (ou reino de Aram) havia se tornado um grande império do norte, que se estendia sobre as nações vizinhas. Isso se dava com a exigência de tributos em forma de soldados, metais preciosos ou produtos agrícolas. Os reinos que não pagavam eram invadidos, os camponeses se tornavam escravos e todos os bens lhes eram tomados. O reino dos hebreus estava repartido em dois: ao norte Israel, também chamada Efraim (pois era essa a tribo dominante), com a capital em Samaria; ao sul Judá, com a capital em Jerusalém. Era um reino dividido, fraco e no caminho entre a Assíria e o mar Mediterrâneo. Em meio à ameaça de uma invasão, o governante de Judá era Acaz, um jovem rei de apenas 20 anos (2Cr 28.1). Ele seria responsável por séculos de sofrimento de um povo. 

Talvez alguém se pergunte como um jovem rei poderia gerenciar o conflito com a poderosa Assíria de Tiglat Pileser III. Ele era apenas mais um na sucessão ao trono: rei após rei, cada um assassinava seu antecessor poucos anos após a coroação, ou este morria nas mãos dos generais israelitas, sempre em busca de mais poder. Era uma época de militarismo e reis jovens. Os sacerdotes haviam se separado do povo e agora andavam reclusos, servindo à monarquia. Já não invocavam o Senhor para escolher os reis como era nos tempos de Samuel: agora, os reis eram escolhidos por generais. Acaz não era especial, apenas estava sucedendo o pai Jotão, que sentou no trono dos 25 aos 41 anos. 

Israel se organizou com as nações vizinhas (Síria e Damasco) para resistir à Assíria, mas Judá recusou a aliança para cuidar dos próprios problemas (ex. os filisteus). Numa época de militarismo, isso foi o estopim para a invasão de Judá. Nessa invasão, Israeleneses (sob o comando do rei Peca) e sírios (sob o comando do rei Rezim) mataram centenas de milhares de judeus... Na crise, Deus foi em socorro de Acaz, mesmo que esse não o buscasse. Um dia foi a até rei o profeta judeu Isaías, anunciando que uma criança destruiria os dois reis inimigos.

DEUS OFERECE EMANUEL

Então disse o SENHOR a Isaías: Agora, tu e teu filho Sear-Jasube, saí ao encontro de Acaz, ao fim do canal do tanque superior, no caminho do campo do lavandeiro. E dize-lhe: Acautela-te, e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes; por causa do ardor da ira de Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias [Peca]. Porquanto a Síria teve contra ti maligno conselho, com Efraim, e com o filho de Remalias, dizendo: Vamos subir contra Judá, e molestemo-lo e repartamo-lo entre nós, e façamos reinar no meio dele o filho de Tabeal. 

Assim diz o Senhor DEUS: Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Porém a cabeça da Síria será Damasco, e a cabeça de Damasco será Rezim; e dentro de sessenta e cinco anos Efraim será destruído, e deixará de ser povo. Entretanto a cabeça de Efraim será Samaria, e a cabeça de Samaria o filho de Remalias [Peca]; se não o crerdes, certamente não haveis de permanecer. 

E continuou o SENHOR a falar com Acaz, dizendo: Pede para ti ao SENHOR teu Deus um sinal; pede-o, ou em baixo nas profundezas, ou em cima nas alturas. Acaz, porém, disse: Não pedirei, nem tentarei ao SENHOR. Então ele [Isaías] disse: Ouvi agora, ó casa de Davi: Pouco vos é afadigardes os homens, senão que também afadigareis ao meu Deus? Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, de que te enfadas, será desamparada dos seus dois reis. (Isaías 7:3-16

A VINGANÇA COMO ESCOLHA 

Acaz duvidava de Deus, mas teve ajuda oferecida pela boca de Isaías. E não creu que o Senhor pudesse livrá-lo... Ao invés de Emanuel, o jovem rei preferiu buscar ajuda contra Israel justamente onde menos deveria: junto ao poderoso rei Tiglat Pileser III. Ressentido pelas perdas, em troca da destruição de seus irmãos israelitas ele ofereceu ao soberano os tesouros do templo, soldados (o que era muito útil a uma potência em expansão) e ainda o culto do seu povo aos deuses assírios. Tiglat Pileser já estava em curso contra a Síria e Israel, mas saberia cobrar duramente essas promessas! 

Eis como diferentes autores contaram sua aventura: 

Tinha Acaz vinte anos de idade, quando começou a reinar, e dezesseis anos reinou em Jerusalém; e não fez o que era reto aos olhos do SENHOR, como Davi, seu pai. Antes andou nos caminhos dos reis de Israel, e, além disso, fez imagens fundidas a Baalins. Também queimou incenso no vale do filho de Hinom, e queimou a seus filhos no fogo, conforme as abominações dos gentios que o SENHOR tinha expulsado de diante dos filhos de Israel. Também sacrificou, e queimou incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda a árvore verde. Por isso o SENHOR seu Deus o entregou na mão do rei dos sírios, os quais o feriram, e levaram dele em cativeiro uma grande multidão de presos, que trouxeram a Damasco; também foi entregue na mão do rei de Israel, o qual lhe infligiu grande derrota. (2Cr 28.1-5

E Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, que se levantam contra mim. E tomou Acaz a prata e o ouro que se achou na casa do SENHOR, e nos tesouros da casa do rei, e mandou um presente ao rei da Assíria. E o rei da Assíria lhe deu ouvidos; pois o rei da Assíria subiu contra Damasco, e tomou-a e levou cativo o povo para Quir, e matou a Rezim. Então o rei Acaz foi a Damasco, a encontrar-se com Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo um altar que estava em Damasco, o rei Acaz enviou ao sacerdote Urias o desenho e o modelo do altar, conforme toda a sua feitura. (2Rs 16.7-10

Aqui vemos que não apenas Acaz havia se afastado do senhor como os reis de Israel, mas recusou o presente que Deus lhe oferecia para promover em Judá o que Tiglat Pileser lhe ordenasse. Para quê cultuar um deus do rei mais poderoso? Porque o deus cultuado simplesmente não era importante! O deus de Acaz era Tiglat Pileser, não Javé. A história mostra que esse “deus” lhe exigiu que produzisse de Judá tantos soldados quanto fosse possível. Acaz estabeleceu que as mulheres de sua terra teriam filhos de todos os homens quanto pudessem. Os laços familiares que o Senhor ensinara através de Moisés, e pelos quais até Davi havia sido punido, foram substituídos pelo ser humano como animal gerador de exércitos. Alguém se lembra das práticas nazistas? 

E se o projeto de Deus havia sido abandonado, o resultado era óbvio. Acaz retirou partes do Templo para entregar como tributo a Tiglat Pileser, depois reproduziu em Judá os altares assírios e fomentou os cultos politeístas entre seu povo. Nos montes altos e pequenos, assim como nos bosques, eram feitas oferendas a vários deuses. Com mais soldados, o soberano assírio imediatamente começou a invasão de Israel. Isso consistia em remover o povo de seu local “sagrado” e os levar a terras distantes. Por outro lado, era interessante ao novo governo que a terra fosse cultivada. Assim, outros povos foram levados para habitar a Terra Prometida: 

Porque o rei da Assíria subiu por toda a terra, e veio até Samaria, e a cercou três anos. No ano nono de Oséias [último rei de Israel, não o profeta], o rei da Assíria tomou a Samaria, e levou Israel cativo para a Assíria; e fê-los habitar em Hala e em Habor junto ao rio de Gozã, e nas cidades dos medos … E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram retas, contra o SENHOR seu Deus; e edificaram altos em todas as suas cidades, desde a torre dos atalaias até à cidade fortificada. E levantaram, para si, estátuas e imagens do bosque, em todos os altos outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes. E queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações que o SENHOR expulsara de diante deles; e fizeram coisas ruins, para provocarem à ira o SENHOR. (2Rs 17.1-11

E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades. E sucedeu que, no princípio da sua habitação ali, não temeram ao SENHOR; e o SENHOR mandou entre eles, leões, que mataram a alguns deles. Por isso falaram ao rei da Assíria, dizendo: “A gente que transportaste e fizeste habitar nas cidades de Samaria não sabe o costume do Deus da terra; assim mandou leões entre ela, e eis que a matam, porquanto não sabe o culto do Deus da terra”. (2Rs 17.24-26) 

O REPOVOAMENTO 

O 2º livro dos reis segue descrevendo brevemente algo maravilhoso. O Senhor não suportou povos estrangeiros em Sua terra, naquela que havia jurado a Abraão! Mesmo com os israelenses habitando em outras terras e seguindo os deuses estrangeiros, dos lugares selvagens leões saíam para atacar os povos que Tiglat Pileser mandou para lá. No entendimento dos assírios, que cultuavam deuses pagãos (ou seja, ligados ao solo e ao lugar), o problema era simples: os novos moradores de Israel não sabiam cultuar o deus daquela terra. Era preciso ensiná-los, para que fossem bem-sucedidos. E de um entendimento pagão, o soberano mandou que esses povos então cultuassem ao Senhor: 

Então o rei da Assíria mandou dizer: “Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite lá, e ele lhes ensine o costume do Deus da terra”. Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao SENHOR. 

Porém cada nação fez os seus deuses, e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram, cada nação nas cidades, em que habitava. E os de babilônia fizeram Sucote-Benote; e os de Cuta fizeram Nergal; e os de Hamate fizeram Asima. E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque, e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. 

Também temiam ao SENHOR; e dos mais baixos do povo fizeram sacerdotes dos lugares altos, os quais lhes faziam o ministério nas casas dos lugares altos. Assim temiam ao SENHOR, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados. Até ao dia de hoje fazem segundo os primeiros costumes; não temem ao SENHOR, nem fazem segundo os seus estatutos... (2Rs 17.27-34

Hoje, temos uma situação semelhante. Pessoas afluem à igreja de todas as partes, de todas as culturas e de todas as religiões. Uns levam para a igreja as tradições de seus países, outros levam as tradições de suas religiões antigas. E por fim temos um Cristianismo-mosaico, criado dos cacos de muitas culturas e religiões. Num lugar os pastores vestem-se de paletós pretos... noutro canto seguram cajados ou rodopiam por horas murmurando sobre um palco para mostrar o Espírito Santo, noutro ainda brandem paletós sagrados e derrubam as pessoas de seus assentos, ou ainda fazem aparecer dentes de ouro gritando aleluias. No tempo de Acaz, esses “novos israelenses” aceitaram o nome de “povo de Deus” e até se circuncidaram. E o Senhor não havia de querer também a eles? 

Muitos séculos depois, nos tempos de Jesus, esses “novos” faziam seus cultos junto ao monte Gerizim, de onde Moisés abençoou a Terra Prometida. Eram chamados simplesmente de “samaritanos” e, por não menos de 6 séculos, mesmo durante o cativeiro na Babilônia, eles foram considerados “escória” pelos judeus. Sob Nabucodonosor as antigas castas dos israelenses e judeus foram desfeitas (605-562 a.C.); sob o domínio de Alexandre, seus generais e sucessores, os templos foram profanados (332-156 a.C.); sob Roma (63 a.C. - séc 5 d.C.), os sacerdotes foram feitos aliados do governo estrangeiro, mas somente com Jesus (nascido dos judeus) houve a restauração da amizade com os samaritanos (Jo 4), que ainda falavam a língua siríaca.

O QUE OCORREU COM OS EXILADOS 

O profeta Oséias se indignou pela agonia de Judá e Jerusalém, que se entregaram ao culto dos deuses assírios. Das 12 tribos originais, 10 delas foram levadas cativas para as terras da Assíria, e foram chamadas de “tribos perdidas”. A Assíria foi depois tomada pela Babilônia, e esta foi finalmente anexada ao Império Medo-persa. Ao contrário das tribos de Judá que foram libertas após a queda da Babilônia, as tribos de Israel jamais retornaram coletivamente ao seu local de origem. 

Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o. A sua bebida se foi; lançaram-se à luxúria continuamente; certamente os seus governadores amam a vergonha [porque produz futuros soldados para a Assíria]. Um vento os envolveu nas suas asas, e envergonhar-se-ão por causa dos seus sacrifícios. (Os 4.17-19

Vejo uma coisa horrenda na casa de Israel, ali está a prostituição de Efraim; Israel está contaminado. Também para ti, ó Judá, está assinada uma sega, quando eu trouxer o cativeiro do meu povo. (Os 6.10-11

À medida que a expansão assíria se processava sobre Israel e tomava também Judá (pois era questão de tempo), os sucessores de Acaz procuraram auxílio se aliando com a 2ª potência mais próxima, o Egito. Oséias já havia alertado sobre isso, afirmando que o plano de arrumar outro aliado (o que era geralmente chamado de “prostituir-se”) não seria salvação perante o Senhor. Eis o que escreveu o profeta Oséias, que andava nas terras do reino do norte: 

... fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou. ... Acaso não voltarão ao Egito e a Assíria não os dominará porque eles se recusam a arrepender-se? A espada reluzirá em suas cidades, destruirá as trancas de suas portas e dará fim aos seus planos. (Os 11). 

A instrução do Senhor para que se livrassem da opressão era simples: “busquem-me”. Mas isso não era o que os líderes ou os sacerdotes de Judá e Israel faziam: 

Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos. (Os 6:6

O sucessor de Tiglat Pileser, Sargão II (721 - 705 a.C.), deixou gravado nas paredes do seu palácio: “Em meu primeiro ano de reinado *** o povo de Samaria *** eu os levei em número de 27290. Escolhi cinquenta carruagens do meu equipamento real. Eu reconstruí a cidade. Eu a fiz maior do que era antes. O povo das terras que conquistei eu os levei para outros lugares. Meu oficial (Tartan) eu lhes coloquei como governador” 

Sargão considerou a conquista de Israel / Efraim uma pequena parte de seus feitos. Os registros históricos sobre essa população deslocada não são muito claros, a partir de então. Segundo o relato de Oséias, tratava-se gente que havia aderido ao culto dos deuses assírios e, dessa forma, talvez tenham sido simplesmente absorvidos por outras populações deslocadas nas terras de Hala e Habor. O livro apócrifo de 2ª Esdras (talvez escrito por Neemias) faz uma referência a esse povo: 

Essas são as 10 tribos, que foram levados prisioneiros de sua própria terra, no tempo de Oséias o rei, que Salmanasar, rei da Assíria, levou cativos, e ele levou-os sobre as águas, e assim chegaram em outra terra. Mas eles tomaram este conselho entre si, que deixariam a multidão das nações, e iriam adiante para um país ainda além, onde a humanidade nunca habitou; que eles poderiam manter lá os seus estatutos, que eles nunca mantiveram em sua própria terra. E entraram no Eufrates pelos lugares estreitos do rio, e o Altíssimo fez sinais para eles, e realizou ainda a inundação, até que eles passassem. Por meio desse país houve um grande caminho a percorrer , de um ano e meio, e a mesma região é chamada Arsareth. Então eles habitaram ali até os últimos tempo, e agora quando eles começam a vir, o Altíssimo deve manter as nascentes do córrego novamente, para que possam passar, por isso viste a multidão em paz. Mas aqueles que foram deixados para trás do teu povo são os que se encontram dentro das minhas fronteiras. Agora que Ele destruiu a multidão das nações que estão reunidas, ele deverá defender seu povo que restou.E então ele vai declarar-lhes grandes maravilhas. (2 Esdras 30.40-50

No séc.19, o historiador George Rawlinson traduziu a pedra de Behistum, uma placa gravada nos tempos do império assírio, onde ele identificou referências ao povo Gimirri (ou cimérios) como evidentes de sua chegada extremo ao norte da Assíria e Média no séc. 8 a.C. Ainda, o historiador encontrou semelhanças notáveis entre as inscrições dos cimérios e as de Beth-Khumree, na Samaria. No entanto, os cimérios lutaram contra Sargão em 705 d.C. e foram mesmo responsáveis por sua morte, o que é pouco provável de se esperar de um povo estrangeiro fixado pelo rei numa terra desconhecida deles. 

Alguns historiadores acreditam numa versão bem menos dramática da invasão. Segundo eles, os assírios teriam dificuldade em realocar tantas pessoas e, se tivessem feito isso, certamente teriam registrado detalhes do processo. Apenas uma parte da população de Israel (que devia chegar perto de 200 000 pessoas) teria removida e então alocada em cidades assírias onde mantiveram seus costumes (condenáveis, segundo Oséias) pelos séculos seguintes. A maior parte dos israelenses teria fugido para Judá durante a invasão. Esses historiadores argumentam que as “tribos perdidas” dos escritos rabínicos posteriores provavelmente são uma referência à morte dos líderes tribais (o que é provável, considerando o ataque assírio) e tomada de suas terras ancestrais. Junto com as terras, em poucos anos desapareceu a linhagem de Omri, Acabe, Jeú, até Peca, que haviam introduzido os cultos a Baal e os deuses assírios. O último rei israelense curiosamente foi Oséias, que morreu em 721 a.C., apenas 14 anos depois do início dos conflitos. 

De fato, Judá aumentou rapidamente seu número de habitantes nessa época (mesmo os homens sendo levados para ser soldados no exército assírio) e precisou urgentemente da construção de novas fontes públicas de água, o que aconteceu durante o reinado de Ezequias (739-686 a.C.), filho de Acaz, que ampliou enormemente a antiga fonte de Siloé, tornando-a uma grande piscina pública. Ao que perece, após seguir a subordinação de seu pai por um tempo, Ezequias agiu com sabedoria perante o mal que Acaz havia feito, e foi não apenas poupado, mas protegido pelo Senhor dos ataques assírios. Ele de fato foi recordado como um dos grandes reis de Judá... Bastava que voltasse o amor a Deus e aos irmãos! 

Ezequias, porém, se humilhou pela exaltação do seu coração, ele e os habitantes de Jerusalém; e a grande ira do SENHOR não veio sobre eles, nos dias de Ezequias. E teve Ezequias riquezas e glória em grande abundância; proveu-se de tesouraria para prata, ouro, pedras preciosas, especiarias, escudos, e toda a espécie de objetos desejáveis. Também de armazéns para a colheita do trigo, e do vinho, e do azeite; e de estrebarias para toda a espécie de animais e de currais para os rebanhos. Edificou também cidades, e possuiu ovelhas e vacas em abundância; porque Deus lhe tinha dado muitíssimas possessões. Também o mesmo Ezequias tapou o manancial superior das águas de Giom, e as fez correr por baixo para o ocidente da cidade de Davi [para a piscina de Siloé, através de um longo túnel]; porque Ezequias prosperou em todas as suas obras. (2Cr 32.26-30)

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